quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

2010 e Feliz Natal e Ano Novo!

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Então é isso, 2010 chegou ao fim!

Pensando nesse ano, tantas coisas boas aconteceram e tanto mudou.
Agora percebo que eu mesmo mudei, termino de um jeito bem diferente de como começei. De um jeito melhor, eu espero.

Esse foi o ano das surpresas, das reparações, de novas de
scobertas e de amizades, de estágio e de estudo. A faculdade ficou muito mais interessante que antes, e acredito que tirei muito mais proveito dela do que nunca. Esse também foi o ano em que descobri o que é amor (sim, sou clichê! XD), em que me tornei namorado de alguém que no começo do ano jamais imaginaria ser. Se alguém me perguntasse se isso seria possível lá em janeiro de 2010, acho que eu diria que não.

Puxa, e como foi bom dar uma chance e acreditar nela! Valeu cada instante, e tornou esse ano mais mágico ainda, e sou muito feliz por estar do lado dele agora, muito mesmo. Sei que esperei pra encontrar alguém que eu amasse de verdade, e que gostasse muito de mim também, e encontrei isso aonde menos esperava. Sabe, às vezes deixamos um sentimento que não existia antes crescer e tomar conta da gente, e depois percebemos que é quase impossível viver sem ele.

E eu fui acabar encontrando, ou sendo encontrado, por alguém que gosta tanto de mim e quer tanto meu bem. Sou agradecido demais por isso, e sei que fui muito sortudo nesse ano! Sortudo por que pude ver meus melhores amigos reunidos juntos no dia do meu aniversário, por sair com eles a noite, por ser mais eu mesmo, por ser menos preocupado e mais feliz!

E sim, houveram brigas também, e momentos em que eu não sabia direito o que fazer ou que a indecisão persistia em meu pensamento, mas sei que tudo foi um processo e um aprendizado, me deixando mais maduro e forte, tornando esse ano mais intenso do que qualquer outro. Agora, ainda por cima, tenho uma viagem pra fazer que eu nem imaginav
a que aconteceria tão rápido! Na realidade, nem pensava que realmente pudesse acontecer! XD

Obrigado a todas as pessoas que tornaram esse ano maravilhoso!
Amo muito minha família, meus amigos, e meu amor!
2010 Foi um ano repleto de boas lembranças.
E 2011 vai ser ainda melhor! =D

Tudo de MELHOR pra todos!


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dia Surreal

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Foi simplesmente incrível o que aconteceu, quando eu olhei, não pude acreditar. Sei que tive um dos dias mais lindos e especiais da minha vida, um dos melhores dias dela, sem dúvida nenhuma.

Meu aniversário de 20 anos!


Vou tentar explicar aqui um pouco desse dia tão surreal, mas não sei se vou conseguir descrevê-lo à altura do quanto significou pra mim. Eu já estava na casa da minha tia, tinha almoçado com minha família, era um domingo. Dia do meu aniversário mesmo, e já tinha sido ótimo ficar lá com eles.

Sabia que minha melhor amiga ia passar na casa da minha tia pra darmos uma volta de carro. Mas não podia imaginar que quando o carro chegasse, dentro dele estariam algumas das pessoas mais importantes pra mim.

Bem, lá estava meu melhor amigo, minha melhor amiga, a prima da minha melhor amiga, e meu namorado! Meu amigo e minha amiga não são exatamente o que se pode chamar de "amigos", não se falavam há muito tempo, e já há muito desistiram de conviver. Porém, eu sempre fui amigo dos dois, sempre gostei dos dois, por mais que eles fossem diferentes um do outro sempre tive carinho por ambos e os mantive em minha vida desde criança até crescer. E os ver juntos ali significou mais do que posso descrever. Pois sei que estavam fazendo aquilo por mim, uma espécie de sacrifício pra que esse dia surreal fosse bem sucedido e pudesse existir.

E em nenhum momento ficou alguma situação estranha ou um clima pesado, muito pelo contrário, estavam todos tão felizes, dando risadas, alegres, todos tão bem, que nem podia acreditar.

Pois bem, continuando a história. Meu namorado fez toda uma preparação, ele criou uma espécie de passaporte, o passaporte para o "tour do aniversariante"! Após receber o passaporte eu entrei no carro e eles me vendaram. Agora iríamos para lugares importantes pra mim, que tinham boas memórias com todos eles, todos os lugares que significaram momentos importantes desses meus 20 anos. Minha tarefa era descobrir para onde seguíamos, qual era cada um dos pontos, enquanto eles me davam dicas no percurso.

Só posso dizer que foi MUITO divertido e feliz! Passeando de carro pela cidade com trilha sonora de Jay Vaquer, meu cantor nacional preferido, e com todos ali naquele carro, é uma das lembranças mais preciosas que eu tenho.

Quando chegávamos nos pontos, quando eu descobria o lugar, as vendas eram tiradas e ficávamos conversando um pouco sobre as lembranças do respectivo lugar, tirávamos algumas fotos ou descíamos pra caminhar ali. Meu namorado fez a mão plaquinhas pra todos os "pontos", ele as desenhou e com elas eu aparecia nas fotos. Tudo feito com muito carinho, tantas coisas pensadas pra esse dia que só de eles pensarem nisso já valeria a pena.

Dentro dos lugares visitados estava o Spei, colégio onde conheci o melhor amigo, o Tia Paula, colégio que conheci a melhor amiga (e a melhor escola onde já estudei), a Praça do Japão, lugar dos Matsuris e coisas japonesas que eu gostava tanto de participar, o Jardim Botânico, parque dos pique-niques e passeios com os amigos, Yankee, a baladinha com o show do Jay Vaquer onde eu disse sim pra pessoa que hoje é meu namorado e me faz tão feliz, minha antiga casa na Vila Izabel perto dos amigos mais antigos, um parquinho perto de casa onde tive um dia inesperado com os amigos e o pai de uma, a UTFPR onde consegui meu primeiro estágio, e tantos outros lugares que não caberiam listar aqui.

O mais incrível foi chegar em casa, a última parada do meu tour, por que afinal, "não existe lugar como a casa da gente", e ver que ali tinha uma festinha praparada e que meus outros amigos lá esperavam por mim!

Sério, esse foi o dia que mais me achei importante na vida daquelas pessoas! Me senti tão querido e amado pelos amigos e família que não sei descrever a sensação ao certo. No final, ainda tinha um vídeo gravado com as pessoas que não podiam estar presentes, mais uma surpresa feita pelo meu namorado. Quando achei que não haveriam mais surpresas! Num certo ponto até me perguntei se merecia tudo aquilo.

E eu estava em êxtase, não acreditava no dia surreal que havia vivido. Com certeza um dos dias mais felizes, mais emocionantes, mais memóraveis... o aniversário de 20 anos. Mais surreal ainda foi perceber que ele realmente aconteceu, e pereceber que aquelas pessoas realmente existem, pessoas incríveis que tornaram esse dia surreal num dia real em minha vida, que ficará gravado no meu coração SEMPRE!

Só tenho a agradecer a todos eles, e agradecer a qualquer força misteriosa/sobrenatural/seja lá o que for, que trouxe pessoas assim na minha vida.

Realmente, MUITO OBRIGADO!


terça-feira, 12 de outubro de 2010

My Special One

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É impressionante o jeito que gosto de você, como sinto sua falta tão rápido, como te quero tão bem, é impressionante poder amar você!

Como fui sortudo por você aparecer na minha vida, alguém que estava ali o tempo todo, até que eu finalmente o pudesse enxergar de outra maneira e perceber quantas coisas boas podiam nascer ali. Justo eu, que sempre tive tantos pensamentos sobre amor, relacionamentos, namoros e como todas essas coisas deviam ser, acabei achando alguém do jeito que eu imaginava, como já pensava não existir.

E sou feliz por ter dado a chance de tantas coisas boas aconteceram na minha vida. Acho que realmente precisamos arriscar nossos sentimentos, e quando nos damos conta, vemos que valeu a pena!

E hoje não consigo me imaginar sem você. Talvez seja um problema, um vício, às vezes até me dá medo, mas tudo o que eu quero é poder aproveitar o tempo que tenho o seu lado, o máximo que puder!

Te fazer feliz, tanto quanto você me faz, te fazer sentir especial, querido e amado, assim como você me faz sentir. E, enquanto estiver ao seu lado, quero lhe proporcinar todas essas boas coisas, as melhores coisas do mundo.

Por que?
Simplesmente, por que eu te amo!


domingo, 12 de setembro de 2010

Inquietação

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Inquietação

Algumas vezes,
Um sentimento estraho vem ao peito,
Alguma coisa que não sei explicar direito.

Não sei dizer o que é,
Mas é algo que me faz pensar, questionar,
E me sentir estranho e errado, de repente, atordoado.

No que estou fazendo, no que poderia ser,
No que estou deixando de fazer e ser,
Naquele futuro que nunca vai acontecer.

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Não sei ao certo por que escrevi isso, me senti assim e em 5 minutos digitei isso aí. Nem sei se pode ser considerado 'poema', ainda mais por que tem rimas bem toscas, mas foi alguma coisa que eu quis botar pra fora no momento.

Costumeiro sentimento do meu ser, que volta e meia costuma vir me visitar só pra atrapalhar.

domingo, 27 de junho de 2010

Fofoqueiros(ras) de Plantão

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Não entendo.

Realmente não entendo qual o objetivo de fofocar, falar sobre a vida dos outros, a não ser a própria diversão do fofoqueiro(a) em questão, pra passar o tempo ou preencher o vazio de sua vida. A não ser, claro, aqueles piores, que também fofocam para o mal (como se existisse um aspecto positivo nesse prática), com o intuito de prejudicar as pessoas mesmo. Acontece que, na maioria das vezes, é inevitável. Eu mesmo já começei a falar de alguém e no meio da conversa pensei: "putz, que besteira falando aqui...".

O que nos resta então é o policiamento e o auto-controle. Eu sei que não quero que saiam por aí falando mil e uma coisas de mim, em primeiro lugar por que isso cria mentiras e é desagradável, e em segundo por que não é certo. Por que eu quero fazer pelos outros o que eu acho que os outros fariam por mim (mesmo que não façam), e acho que não tenho nada a ver com a vida das outras pessoas.

Pena que poucos seguem essa regra, e outros ainda fazem questão de fazer o contrário.
E olha que antes de conhecer algumas pessoas eu me achava curioso...
O fato é que tem uns que exageram, e esses sim que dão raiva.
Quantas vezes já causaram problemas...

O que me faz lembrar de uma cena muito boa do filme 'Dúvida', em que o padre faz um discurso sobre fofoca. Aliás, ótimo filme.

No discurso, uma mulher sai pela cidade dizendo coisas sobre outras pessoas que nem tinha certeza, fofocando de um lado e de outro. Depois, vai implorar perdão para o padre. O padre diz que a primeira parte de sua penitência seria pegar um travesseiro de penas e esfaqueá-lo no topo de um prédio e deixar todas as penas voarem ao vento. No outro dia ela voltou a falar com o padre, e ele disse que agora ela deveria juntar todas as penas do travesseiro e costurá-lo em uma única peça.

"Mas é impossível, não sei onde elas estão, o vento as levou para qualquer lugar", ela disse.

"E, isso, é fofoca", respondeu o padre.

Uma vez ditas as palavras, verdades ou não, elas nunca mais podem voltar, e nunca pode-se ter certeza de em quais ouvidos elas foram parar.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Por que o homossexualismo deveria ser proibido

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Bem, esse texto na realidade eu traduzi de um vídeo que achei por acaso no youtube, e achei muito interessante. A tradução provavelmente não deve estar perfeita, já que meu inglês não é fluente...

Mas mesmo assim acho que dá pra entender, quem quiser ver o vídeo clique aqui. O mais legal é a ironia com que o menino fala sobre a questão, o que faz a gente pensar mais um pouco sobre o assunto. Ele trata basicamente do casamento gay. O vídeo é americano e por isso foca mais na questão cultural dos Estados Unidos, mas mesmo assim podemos perceber e entender os argumentos que servem para qualquer nação. Pois, como já sabemos, ser ou não gay independe de personalidade, religião, nação, ou etnia, simplesmente acontece.

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Por que o homossexualismo deveria ser proibido

Há várias razões do por que o homossexualismo deveria ser proibido.
Em primeiro lugar, homossexualidade é completamente não natural.
Assim como óculos, poliéster e controle de natalidade não são.

Em segundo, casamento gay não é apoiado pela religião.
E em uma teocracia como a nossa, os valores de uma única religião são sempre impostos ao país todo. É por isso que só temos uma religião nos Estados Unidos

Terceiro, casamentos gays são inválidos por que são incapazes de produzirem crianças.
É por isso que casais inférteis ou casais mais velhos não podem se casar, por que o mundo precisa de mais crianças.

Quarto, casamento gay vai encorajar mais pessoas a serem gays, do mesmo jeito que andar com pessoas altas torna você mais alto.
Basicamente, evidências científicas compravam que homossexualidade é uma doença contagiosa.

Quinto, se permitirmos que casais gays adotem crianças, então obviamente eles criarão crianças gays, por que pais héteros só criam filhos héteros.

Sexto, casamento gay é simplesmente estranho, assim como casamentos inter-raciais e aveia instantânea. Nós provavelmente deveríamos banir esses também.

Sete, quando se trata de adoção de crianças por gays, as crianças nunca podem se desenvolver bem sem um exemplo masculino e feminino dentro de casa. É por isso que pais solteiros são proibidos de criarem seus filhos.

A maioria dos americanos acredita que a homossexualidade deveria ser ilegal.
E o que é popular é sempre certo.
Lembrem-se, nós vivemos em um país livre.
Nós temos o direito de comer o que quisermos, temos o direito de pular por aí que nem idiotas, temos o direito de vestir camisetas Havaianas coloridas em público.

Nós também temos o direito de proibir que duas pessoas apaixonadas se casem.
Então, por favor, vote por justiça.
Por que homossexuais não merecem liberdades básicas.

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Ah, vale lembrar que a palavra "homossexualismo" está errada, já que o sufixo "ismo" pressupõe doença, o que já foi comprovado não tem nada a ver com a questão. Acho que o autor do vídeo preferiu usar esse termo justamente pra chamar mais atenção ao assunto, já que muitos ainda consideram a homossexualidade como uma doença.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Emails Vigiados?

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Esses dias eu parei pra refletir durante a aula, quando a professora comentou alguma coisa sobre emails e tal. Aonde ficam nossos emails afinal?

Certamente eles não ficam pairando no ar, ficam em algum lugar físico, que nós nem temos idéia de onde é. Tudo o que podemos fazer é acessar nossos emails de qualquer lugar, e pronto, lá eles aparecem, como se estivessem naquela máquina o tempo todo. Agora da onde eles vieram ninguém sabe dizer...

O que me faz questionar outras coisas. Esses emails tem que ficar em algum lugar, devem ficar, afinal as caixas de entrada e saída tem vários megas de espaço, algumas até gigas. Então em algum lugar elas ficam que não é o nosso computador. Deve ser então o computador do dono dos emails. A empresa, no caso, que dispõe esse serviço para todos os outros utilizarem.

Mas espere um instante... Se os emails ficam na empresa que guarda os emails isso quer dizer que os donos ou funcionários dessa empresa podem ver nossos emails? Ou seja... de quê adianta por senhas se eles próprios tem acesso as essas senhas e nossos emails?

Deve ter algum código de ética ou sei lá que proiba que esses caras vejam os emails das pessoas que utilizam o serviço deles, mas é curioso pensar que na realidade nada está totalmente seguro! Quem garante que os donos do Google não possam ver os gmails de quem eles quiserem? Se bem que isso não deve ser de muita utilidade pra eles... mas quem sabe?

Sim, eu sei, besteira pensar nisso e até fazer um texto sobre o assunto, mas eu não pude evitar. Às vezes penso nas coisas mais esquisitas possíveis, e isso, de algum jeito, pareceu algo interessante de se pensar, por mais que seja um tanto inútil.
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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Menino da Estação

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Menino da Estação

Eu estou...


Quebrando minhas costas para saber seu nome,
Rastreando seus passos enquanto você dorme,
Fazendo o possível para escutar sua voz,
Querendo demais não ficar mais a sós.

Meu palpitante coração paralisa,
Cessa o batimento em meio a tanta euforia,
Meu raciocínio se confunde quando você se aproxima,
Transbordando em mim uma incoerente alegria.

Mas não consigo nem falar nada,
Embora mil palavras estejam nos meus lábios,
Nada que eu faça te atrai pro meu lado.

E isso eu já sei,
Já conformei, chorei e compliquei.
Você não vai mudar, e eu não posso te obrigar.

Mas não é nenhum pecado admirar,
Seu olhar que tem tanto a ocultar.
Sonhando, fantasiando, esperando...
Por algo que nem eu possa imaginar.
Sem que tenha alguém real pra amar.

E se você me questionar,
Não sei explicar como essa permanente obsessão foi se fixar.
Assim, rápido desse jeito, desajeitando o meu pensar.
Acho que no fim das contas esse é o meu apaixonar.
Criando sentimentos inexistentes
Por alguém que nada sente.

E sempre vejo seu lindo cabelo acastanhado,
Caído sobre ofuscante olho dourado.
Tudo ordenamente alinhado,
Tudo perfeitamente penteado.
Pele sedosa refletindo luz do sol,
Tudo em sua volta deixando-me em prol de um amor maior.

Você andando com seu nobre porte pela rua,
Eu até diria que é a própria imagem de minha idealizada perfeição.
Tanto garbo vagando por aí sem muita convicção,
Esperando alguma coisa despertar a atenção.

Tão sério olhar têm a mostrar,
Com essa bela face fria, fechada e resguardada.
Assisto seu nada rústico rosto,
Esculpido com tanto gosto.
Corpo cuidadosamente moldado,
Deixa-me visivelmente atordoado.

Ah, se você me deixasse te bajular!
Ficaria tão feliz em te agradar.
Procuro acreditar que esse não é um conveniente gostar.
Apenas por que a mim você nunca irá amar,
E eu nada terei que arriscar.

Um claro e breve sorriso,
Um raro olhar mais que amigo,
Aspiro por isso, nem um pouco indeciso.
E nada consigo, com seu constante silêncio nocivo.

E agora e por enquanto,
Tudo que faço é escrever, escrever, escrever.
Para ter algo seu a lembrar quando a noite eu deitar,
E assim me recordar de quem um dia eu pretendia amar.

O menino de todo dia da estação,
Sem eu nada saber sobre seu coração.

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Acho que posso considerar esse post como continuação do post "Romances Juvenis".

Bem, esse é um poema que eu escrevi há muuuito tempo atrás a respeito de um menino que eu era apaixonado, muito apaixonado. No princípio, eu não era amigo dele, nem sequer sabia seu nome, nós só pegávamos o mesmo ônibus no mesmo tubo, estação do Passeio Público. E eu sempre via ele, procurava ficar perto dele, sempre procurando bater meus horários com os dele.

Realmente era um amor bem platônico, visto que eu não sabia nada a respeito do garoto, gostava apenas de ficar "junto", observar, e poder imaginar se algum dia aconteceria algo. Até que um dia encontrei ele num evento de animes que eu costumava frequentar bastante, e vi que ele gostava dessas coisas. Um dia, no ônibus, quando consegui por sorte sentar do lado dele e suava frio de tão nervoso, comentei que tinha visto ele no tal evento e que gostava de animes e mangás também.

E pronto, nós ficamos amigos! Pegávamos o mesmo ônibus todos os dias, sempre nos encontrávamos e voltavámos juntos, cada um de seu cursinho, comentado as aulas e os estudos do vestibular. E assim foi por um bom tempo, até eu perceber, que com ele também, nada ia acontecer. Depois das minhas indiretas e das diretas dele, ficou resolvido dentro de mim que não era com ele que eu ia ter meu primeiro romance. Por mais que isso fosse um pouco dolorido...
E assim os dias passaram... e nossa amizade também.

sábado, 1 de maio de 2010

Dúvidas... ?

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?
Dúvida.
Dúvidas.
Muitas Dúvidas.

E nenhuma resposta do que é certo ou não, de qual é o caminho certo a tomar, o que fazer, como agir. A única coisa que resta é a imprecisão da incerteza, insegurança de um futuro possivelmente modificável por alguma outra decisão que eu ou você poderia ter tomado, outro caminho para trilhar.

Eu sou uma pessoa de muitas dúvidas. Indecisão é um defeito meu, que infelizmente, ainda não consegui concertar. Sempre penso como poderiam ser as coisas, se fossem diferentes, o que se mostra muito inútil na realidade, já que não trás resultado algum fora horas e horas de divagação. Mas pode ser um bom exercício de reflexão também, imaginando o que os outros fariam, se eles fizessem, e o que você desejaria que eles tivessem feito.

Agora, quanto as dúvidas, como não se pode ter certeza de nada, o mais certo é arriscar. Apostar no que você acha certo, e prosseguir com a decisão tomada, até que ela mostre algum resultado. Pensar no que poderia ter acontecido não vai ajudar. Então temos que nos manter firmes com relação ao que escolhemos, por que afinal, tudo depende da gente.

Assim como eu não tenho certeza até agora se o que eu escolhi no vestibular foi certo ou não, mas por enquanto, continuo fazendo o curso por uma série de motivos, e por enquanto, eu acho que é o certo a ser feito.

Não se pode ter certeza sobre os segredos mantidos, a não ser confiar nas pessoas em que eles foram confiados. Não se pode ter certeza se você está com a pessoa certa, pois sempre vai existir uma opção diferente da que você escolheu, e portanto, você nunca vai saber como ela teria sido. Não podemos ter certeza de nada na realidade, só podemos saber como estamos vivendo agora, e imaginar como as coisas seriam diferentes, se elas fossem. Eu só acho que o problema é quando a incerteza de um futuro diferente deixa você ansioso, e possivelmente mais feliz e animado do que o presente atual, aí provavelmente você tomou alguma decisão infeliz.

Bem, nunca é tarde para mudar. E nunca é tarde para descobrir como poderiam ser esses futuros diferentes, se eles fossem reais.

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terça-feira, 20 de abril de 2010

( Sombras )

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Como podemos nos enganar tanto com certas pessoas?

Não sei, acontece. Às vezes achamos que alguém é gentil e amigável simplesmente por que é assim. Sendo que nem imaginamos os interesses duvidosos que motivam algumas pessoas, objetivos que só elas conhecem. Talvez seja ingenuidade de alguns, percipicácia de outros, de saber aproveitar a situação a seu favor. Não sei, também. Acontece que temos que ter cuidado, e suspeitar de todo mundo até o momento em que possamos afirmar que conhecemos alguém de verdade, sabermos como a pessoa realmente é. Nunca podermos afirmar conhecer 100% de uma pessoa. O pior é que muitas vezes, a gente mesmo não se conhece direito. Ah, sempre começo a falar de uma coisa e pulo pra outra...

Pessoas são seres maravilhosos, assim como podem ser bem terríveis também. Seres humanos são os seres mais variantes do universo. Podem ser queridos, amorosos, ou fazer intrigas, brigas e se até matar, é impressionante na verdade.

Bem, nesse post na realidade eu ia comentar sobre uma dessas pessoas que você gosta, e que no fim acaba se enganado completamente. Posso dizer que foi a maior desilusão que tive até hoje, perceber uma grande máscara caíndo do rosto de alguém "conhecido", mostrando suas verdadeiras intenções. No fim, eu simplesmente decidi apagar o elemento da minha vida, ele transformou-se apenas em uma sombra. Quando cruzo na rua e meus olhos cruzam com os dele, percebo que não existe nada ali, fora a inquietação e o incômodo que eu ainda costumo sentir, única coisa que ele deixou marcado em mim. Sombras de um passado que eu preferia que não houvesse existido.

Na real, nem vale a pena escrever sobre isso.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Romances Juvenis

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Já faz um tempo sim, anos na realidade, mas decidi compartilhar isso aqui também. Eu sempre fui apaixonado, quase sempre durante a minha adolescência tinha alguém de que eu gostava, e que para meu infortúnio, eu não podia gostar.

Não podia gostar... isso sempre me deixava confuso, até entender o que acontecia comigo. Eu lembro quando começei a gostar de um amigo do colégio, que era um dos meus melhores amigos na época. Lembro de como eu ficava agitado perto dele, e ele nem sequer imaginava o turbilhão de sentimentos e pensamentos que passavam por minha cabeça enquanto estava ao seu lado, quando na realidade, eu não desejava só a amizade dele.

Isso sempre foi um incoveniente, porquê eu queria agradar a pessoa, fazer as coisas que ela gosta, sendo cada vez mais amigável. O que gera uma contradição enorme, afinal, eu não quero ser amigo! Mas também não quero deixar de ser amigo! Queria ser alguma coisa, alguma coisa a mais que sei que não posso ser. Não daquelas pessoas pelo menos, meus amigos de colégio que me falavam diaramente das meninas de que eram apaixonados.

E quando eu, conversando com um amiga minha, descobri que ela gostava do mesmo garoto que eu (!), percebi e começei a entender que realmente meu romance colegial nunca iria dar certo. Mas tudo bem, eu era amigo dele, e passar um tempo com ele naquela época já era suficiente. Mas dormir na casa um do outro, fazer todas essas coisas juntos e tudo mais, confesso que era difícil me controlar ao seu redor... e ele com certeza devia perceber minha constante inquietação.

Quando mudei de colégio parei de ser seu amigo, e acho que assim foi melhor. O que vou postar aqui hoje é diferente disso, em partes. Anos depois, eu me apaixonei por outro menino. Até hoje eu realmente não sei o que aconteceu. Ele não era meu amigo, e eu nunca havia falado com ele, mas ele simplesmente era lindo pra mim. E eu gostei dele assim que vi. Nós pegávamos o mesmo ônibus juntos, e depois outro também, ele descia um ponto antes da minha casa. Eu sempre o via lendo os quadrinhos japoneses de que eu gostava tanto, e já o havia encontrado nos eventos de animes e mangás. Ele gostava das mesmas coisas que eu!

Eu queria ser amigo dele, mas não sabia o que falar. A história ia se repetir certamente, como o meu romance colegial. Eu ia ser um ótimo amigo, até o ponto em que ser só amigo seria doloroso e não mais o suficiente. Mas não conseguia evitar isso também.

Então, sem ao menos conhecer ou falar com ele uma vez sequer, escrevi um poema todo apaixonado. O poema era pra mim mesmo também, de recordação desses dias. Me senti meio estranho ao terminar, as rimas meio amadoras ou bobinhas, mas foi o sentimento que eu tinha na hora e quis escrever. Por mais estranho que fosse escrever um poema apaixonado para alguém que você não sabe nem o nome, eu estava satisfeito. Consegui colocar tudo no papel.

E até hoje eu gosto desse poema, por que me lembra essa fase, mesmo que ela seja um pouco triste. Acontece que depois de eu escrever o poema, eu finalmente resolvi tomar alguma atitude e conversar com ele. Por mais que isso não tenha mudado muito o final dessa outra história, que é uma mesma história que costumava se repetir, posso dizer que dessa vez eu tentei.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Beleza que eu vejo nos Outros

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Algumas pessoas são bonitas, isso é fato. Nem todas, e nem todas bonitas da mesma maneira, pois existem vários modos de enxergar a beleza em cada um.

Primeiramente, existem as pessoas que são bonitas pelos seus atos. Por suas atitudes, seu jeito de ser, seu sorriso espontâneo e a gentileza inesperada, que tornam qualquer um agradável e querido. É uma beleza essencial dos mais amados, que torna quem detém esse tipo de conceito bonito aos olhos das pessoas mais inusitadas.

Existe também, a beleza da personalidade. Isso, hum, acho é o que algumas pessoas classificariam como "beleza interior", e que não deixa de ser a personalidade de cada um propriamente dita. Como a pessoa é de verdade, as idéias que tem, o modo como lida com as situações, enfim, coisas do gênero.

Existe a beleza dos inteligentes, dos articulados, dos solidários e esforçados, dos sinceros e arriscados. Dos que vivem mais intesamente, fazem suas loucuras, e dos que são mais calmos, vivem tranquilamente.

Mas também existem aqueles que são bonitos, simplesmente, por que são. Isso é algo inexplicável, pois tem algumas pessoas, e não digo famosos ou modelos, mas que realmente são lindas! Você olha pra elas sem ao menos conhecer, e pronto, imagina como existe um ser perfeito daqueles. Claro que toda a beleza é relativa do ponto de vista de quem vê, então realmente não sei definir o que pode ser bonito pra você e que provavelmente é diferente do que é pra mim.

Aí que podem entrar alguns padrões do nosso mundo, sobre o que é bom ou não, como devemos ser e blá blá blá. Estou desconsiderando aqui esses aspectos chatos.

Aqui eu considero outros fatores. A beleza do amor, por exemplo, por mais bobo que isso possa parecer. Sempre que amamos alguém de um jeito forte demais para ser explicado, conseguimos ver toda a beleza que existe nesse alguém. Não tem como achar feio, alguém por quem você sente o sentimento mais belo que existe.

Por quê existem milhões de coisas que deixam as pessoas bonitas. Um carinho, um ato, uma palavra. Quando alguém diz para você algo gentil, carinhoso, e principalmente, com amor, você consegue ver beleza até nas pessoas em que achava não existir beleza alguma.

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quarta-feira, 3 de março de 2010

Uma vida cheia de "Histórias"

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Bem, na realidade, não histórias de verdade, mas mesmo assim, histórias...


Quantos livros pra ler, filmes pra assistir, animes pra baixar no computador, mangás pra comprar, e muitas outras coisas que nunca parecem terminar.

Minha vida é cheia de histórias, não das histórias de minha vida, mas das histórias que eu leio pra sair da minha própria vida e entrar num mundo diferente. Talvez pra fugir do mundo em que vivo, de mim mesmo, o que soa meio triste na realidade, pois acabo não vivendo a minha história.

Ou talvez ainda seja o contrário, talvez essas histórias que eu leio me motivem mais a viver, e muitas delas eu sei que já fizeram isso. Servem de inspiração, um desejo para atingir o que os personagens atingiriam ou conquistaram no final, e que eu também gostaria de ter. Mas isso pode soar meio bobo também, a gente sabe que as histórias de fantasia são impossíveis, que tudo o que é mágico no final, simplesmente não existe. E, bem, se você entrar no meu quarto, só vai ver livros de fantasia, quadrinhos japoneses, filmes de realidade alternativas, nada do que realmente possa acontecer aqui, nesse planeta em que vivemos.

As histórias de amor também entram nesse quesito, eu acho. São sempre amores fortes, imponentes, lindos de se ver. Sendo um final feliz ou trágico, são todos amores sinceros, emocionantes até o fim.

Então, através desses meios eu entro em meus mundos paralelos e consigo me imaginar em milhões de situações. Vivo aventuras, romances, loucuras, e faço coisas que eu, do jeito que sou, jamais faria. É um jeito de viver eu diria, é uma vida sim. Uma vida de histórias, que suprem a minha própria, suprem o cotidiano de uma vida que às vezes pode se tornar chata ou sem emoção, ou que por falhas do próprio protagonista, permanece do mesmo jeito que começou. Histórias para preencherem o vazio da minha, até que essa procure ter algum sentido.


domingo, 14 de fevereiro de 2010

Amizades % Divididas

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Ah, é difícil de explicar, é mais difícil entender....

Há muito tempo atrás eu conheci meu melhor amigo. Foi na primeira série, e até hoje ele é meu amigo mais antigo, e sempre, desde aquela época pelo que eu me lembre, fomos melhores amigos. Nós somos um pouco diferentes na realidade, diferenças que com o tempo foram aparecendo, mostrando o ponto de vista que cada um tem sobre a vida, e que hoje, talvez sejam distintos.

Mas isto não importa, pois a ligação dessa amizade é o suficiente para manter-nos juntos. E assim sempre foi, eu mudei de colégio depois e mesmo assim mantínhamos contato, íamos na casa um do outro, saíamos juntos e tudo mais. Na quinta série ele foi estudar no mesmo colégio que eu novamente. Já tinha algumas boas memórias com ele, seria divertido e bom o ter por perto, com os novos amigos do colégio que eu já havia feito.

E então começou. Ele conheceu minhas duas novas amigas e por um tempo nós fomos um grupo. Ele namorou uma delas inclusive. Brigaram, terminaram, ele brigou com as duas, elas brigaram com ele, hoje não sei mais o que aconteceu ao certo. Só sei que fazem 9 anos agora, desde que todas as confusões aconteceram envolvendo nós 4. Pulando muitas etapas e resumindo o resumo para um post, foi mais ou menos assim.

Só que eu realmente gosto delas, das duas, até hoje nós também temos contato. E uma delas se tornou minha melhor amiga, confidente, companheira. Meu laço que se criou com ela foi tão forte como o que se criou com ele, me fazendo ficar conectado aos dois de um jeito que sempre me deixou dividido ao meio. Dividido em vários aspectos, por que ambos sabem da existência um do outro na minha vida, embora eles próprios não tenham a convivência que eu tenho dos dois lados. E eu sou dividido, especialmente, pelo modo de agir e pensar, sentir e falar, que me faz me identificar tanto com um e me questionar tanto com outro. Que me faz às vezes desejar ser mais parecido com um do que com outro, pra finalmente tomar as atitudes que um dia devo tomar.

E eu posso me chatear com um, me consolar com outro, fazer loucuras com um, ver filmes com outro, chorar com um, e rir com outro. É um ciclo que me prende nos dois, essas amizades de tantos anos atrás, essas pessoas que eu amo e hoje não se entendem mais. Nessas pessoas que mudaram tanto, mas que ainda assim, continuam as mesmas pessoas de quando eu conheci.

E talvez eles realmente sejam opostos, incompatíveis. Mas se fosse assim mesmo, eu não seria amigo de ambos até hoje, depois de tantos anos.

Algo me une a eles, de um jeito que cada um me completa um pouquinho, por isso, eu acho, não consigo me desvencilhar de nenhum, e nunca irei.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

~ Le Ciel ~

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~ Le Ciel ~ Palavras Rezando por sua Felicidade


Começa uma música que eu amo ouvir.

A música que muitos por aqui não devem conhecer, mas uma das que mais me deixam feliz. A música que para alguns pode soar muito estranha e que para mim soa tão harmoniosa de escutar.

Ele canta em françês os versos que eu adoro:
"vamos contar aos nossos amigos histórias encantadas, eu nunca abandonarei você, então deixe-se voar para bem longe", enquanto os outros giram ao seu redor.

Bem, essa é uma das minhas histórias encantadas, assim como tantas outras que me foram contadas. Em roupas púrpuras as luzes se focam, quando todas as outras se abaixam e o cenário mergulha num azul profundo, ao som de uma batida provocante por alguns segundos.

E então eles estão lá, cantando as frases que eu jamais entenderia se não buscasse suas traduções de japonês para português. E ~Le Ciel~ explode dentro de mim na alegria e empolgação que ela é. No show de cores multi-coloridas que mudam e brilham embaladas pelas vozes que cantam suavamente, me fazendo sentir muito melhor.

E durante toda a apresentação meus olhos não desgrudam da tela, me fazendo sentir uma criança assistindo alguma coisa na TV em que nada pode desviar a atenção.

~Le Ciel~ não é 'só mais uma música'. Pelo menos pra mim ela tem outro significado. São palavras que rezam por minha felicidade, sua felicidade. Esse é o próprio título da música em japonês. São frases que dizem para não desistir do amor, dos sonhos, de tudo o que nos importa.

Uma história encantada que se torna real. E mesmo que você não entenda o que eles dizem, as palavras continuam lá, você compreendendo ou não elas possuem o mesmo significado e sentimento.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Poem of Empty Heart

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Ah, esse poema infeliz foi o resultado de alguns meses de insegurança e angústia para conhecer uma certa pessoa. No final das contas, nada foi o esperado, e eu só acabei me desapontando. É esse o resultado quando esperamos demais das pessoas que na realidade não conhecemos muito bem. E outra, esse encontros pré-arranjados não dão certo, já tenho certeza disso!


Agora não me pergutem por que raios na hora de escrever eu fui escrever em inglês, simplesmente saiu assim. Perdoem os possíveis erros que cometi na língua inglesa.

I knew I was just going to break my heart once again,
But I couldn't do anything to help it.

I wanted to meet you.

And after all, my heart wasn't broken or hurt,
Because there was nothing there to be broke.

In my heart there was nothing for you yet,
Or for anyone else like you, no feelings at all.

Sadley... because I am empty.
With nothing to fill me, nothing to feel sorry for
Or sad about, so why do I keep feeling like this?

Empty, with something always missing...

Well, I guess is because I wanted to be different,
I wanted it to work, I wanted to be good...

Of course, it wasn't.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mas ele é mais bonito!

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Eu lembro bem quando percebi que tinha algo de diferente em mim, e que isso seria algo importante e que afetaria as pessoas ao meu redor.

Mas vocês sabem, quando somos crianças não sabemos muito bem distinguir as coisas do que é certo ou errado, do que se pode falar e o que não se pode, e principalmente, somos desprovidos de qualquer tipo preconceito. Preconceitos que só futuramente vão se fixando na gente, seja pela sociedade, por nossas idéias, pelas pessoas ao nosso redor, por influências ou por falta de pensar mesmo.

Então a historinha é a seguinte: eu era criança e já sentia esse 'diferente'. Meus pais são divorciados e meu pai mora em outra cidade desde que eu tinha 6 meses, nunca convivi muito com ele. Ele vinha uma vez por ano na nossa casa passar uns dias comigo, com minha mãe, e com meu irmão mais velho. E essa era uma das ocasiões.

Estavamos todos na sala assistindo a cerimônia do Oscar. Eu não entendia direito o que era tudo aquilo, mas já achava fantástico. Todos tão bonitos, tão bem vestidos, andando num tapete vermelho pra ganhar alguma coisa que eu não sabia nem ao certo o que era. E esse era o ano do Titanic! Eu tinha adorado Titanic, já tinha visto mais de uma vez e achava lindo.

E o Leonardo Di Caprio estava entrando em algum lugar junto com a Kate Winslet, o par dele no filme, como vocês sabem. Até que meu pai disse:

"Nossa, essa mulher é muito linda mesmo!", bem enfaticamente.

E eu, na minha ingenuidade e impulso, infelizmente disse:

"Eu prefiro ele, acho ele mais bonito". Pra quê?

Meu pai ficou bravo, disse que eu não podia achar um homem bonito, que ela era mais bonita, muito mais que ele, que eu tinha que achar a beleza nas mulheres, não podia achar homens bonitos, e falou mais um monte e outras coisas de que eu não lembro direito, coisas que eu nem devo ter entedido na época.

Bem, eu senti que o clima ficou pesado na hora, e naquele momento eu percebi que eu era diferente. Tudo por que eu tinha dito algo que ninguém esperava que eu dissesse, algo fora do padrão esperado.

E desde aquele tempo já achava o Di Caprio mais bonito. Ainda acho!
Pelo menos aqui eu posso dizer isso sem ninguém me repreender. E saber que não está errado, muito menos que não deveria ser dito.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Balthamos & Baruch

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Muito bem, aqui vou eu de novo me aventurar em um blog!

Primeiramente, esse não é meu primeiro blog, mas não vai ter relação com nenhum outro que eu já fiz ou qualquer coisa do gênero. Eu fiz um email só para criar esse espaço aqui, onde vou poder escrever o que quiser sem medo de problemas ou de falar o que desejo. Bem, pelo menos assim eu espero... Por isso usei o nome Balthamos, já que é um personagem dos livros "His Dark Materials", de Philip Pullman, que eu gosto bastante. Na realidade, acho que só quero escrever qualquer coisa, exercitar novamente isso em mim, que é algo que tem se perdido, e não ter que necessariamente me identificar, sendo livre pra falar sobre meus sentimentos.

Então vamos a uma "breve" explicação sobre o título do blog!

Balthamos só aparece no terceiro volume da trilogia já citada, e é um anjo de baixo nível. Na obra criada por Pullman, os anjos de baixo nível hierárquico são fracos, quase invisíveis, são translúcidos e bonitos, mas impossíveis de serem vistos à luz do sol. Eles tem suas habilidades limitadas.

Esses livros são bem complexos, e escrever sobre eles aqui e toda a história me custaria muitas linhas, falar que muita gente acha que os livros são coisa de dêmo e que outros acham a história linda, divide opiniões até hoje. O fato é que o Vaticano não gosta deles, assim como não gosta de muita coisa. E como o autor é um ateu assumido, fica difícil chegar a um acordo.

Bem, Balthamos tem um amante, Baruch. Baruch, assim como ele, é apenas outro anjo, os dois são companheiros e juntos se unem a uma rebelião na história. Eles se amam ardorasamente, e são claramente um casal. Hum, esse que é o problema sabe, os dois são anjos, homens, e são um casal. Existe um capítulo no livro somente explicando a história dos dois pra podermos entender melhor. Ah sim, os dois são anjos banidos do céu, acho que vocês podem deduzir por quê... Alguns dizem que anjos são assexuados e tal e não sei mais o quê, mas nessa história não, eles são anjos masculinos e são um casal. É, eu achei bem curioso isso quando li o livro nos meus 13 ou 14 anos. Achei bizarro pra falar a verdade, mas gostei muito da idéia. Lembro de quando eu li o trecho em que os dois anjos se encontram depois de algum tempo, e de como é descrito o abraço deles, intenso, cheio de amor.

Baruch já foi humano um dia, e isso nunca é explicado claramente, mas ele ama somente e unicamente Balthamos. Assim como ele também o ama. E juntos eles buscam fazer o máximo para ajudar quem for necessário nessa rebelião em que estão envolvidos. Acontece que como eu disse, eles são fracos. Balthamos sofre profundamente quando Baruch voa para longe, quando não se comunicam, quando não se vêem. E Baruch também.

Baruch é dos dois, o mais calmo, o mais sensível, o mais amigável. Balthamos por outro lado, se demostra sarcástico e irônico, e parece guardar alguns ressentimentos e arrependimentos nunca revelados. Depois de um série de eventos, e aqui devo avisar que tem alguns spoilers se você irá ler os livros, Baruch voa para muito longe de Balthamos, muito longe mesmo. E mesmo tão distantes, os dois podiam se sentir conectados um com o outro, especiais assim como eles eram um para o outro.

Acontece que Baruch morre, em uma tentativa de ajudar e cumprir a missão a qual ele estava designado. Ele usa de todos os seus esforços para evitar que isso não aconteça, mas Balthamos tem que ficar sozinho no mundo. E é claro que ele sente sua perda no momento que ela acontece, e entra em profundo desespero e depressão, envolto por um luto silencioso.

Depois o que acontece, é simplesmente incrível. Balthamos continua cumprindo sua parte da missão, e uma grande mudança ocorre com esse personagem. Ele sente a falta de Baruch sim, em cada momento de sua vida, mas continua a viver e a fazer o que tem de fazer por ele. E antes, se era um ser fraco, muitas vezes covarde a antipático, as poucos vai ganhando coragem para quebrar sua própria covardia e fazer o que pode fazer de melhor enquanto permaneçe vivo. E assim Balthamos permanece, sozinho, mas também muito melhor consigo mesmo do que quando estava junto de Baruch. Foi isso o que ele ganhou dele, o melhor que ele tinha, o que ele próprio não tinha, para assim conseguir se manter forte e prosseguir na jornada à qual estava destinado.

Bem, essa é uma parte da história desse dois anjos amantes, não vou vou contar tudo aqui, até por que não me lembro bem e levaria muito tempo. Mas leiam os livros, são interessantes! Desde que você não seja um religioso fervoroso e não se sinta incomodado com esses temas...

Acontece que eu me identifiquei com essa história. Sempre gostei de Balthamos, do que acontece com ele, como ele muda, como ele é. E de como o amor dos dois era verdadeiro, como Balthamos permaneceu fiel a ele até o último momento que permaneceu vivo.

E eu, quando pensei em criar esse blog, pensei em Balthamos. Não sei, acho que combina, pra mim pelo menos tem esse significado. Eu me vejo bastante na história dos dois anjos na realidade... e espero continuar a escrever aqui, o que eu desejar e puder, e assim até quando der. Quem sabe um dia eu ache meu Baruch, não pra me devotar a ele como Balthamos fazia, mas para poder o amar da forma mais bonita e pura que alguém pode amar outra pessoa, e ficar com ele pelos dias futuros sabendo que um pertence ao outro. Quem sabe quando eu ache o meu Baruch, eu deixe de ser tão covarde e evasivo como Balthamos um dia foi, e às vezes, como sou.
E finalmente possa ser eu mesmo.


Mas acho que tudo isso é viagem da minha cabeça e nada disso existe, não é?

Bem... Até mais !