domingo, 27 de junho de 2010

Fofoqueiros(ras) de Plantão

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Não entendo.

Realmente não entendo qual o objetivo de fofocar, falar sobre a vida dos outros, a não ser a própria diversão do fofoqueiro(a) em questão, pra passar o tempo ou preencher o vazio de sua vida. A não ser, claro, aqueles piores, que também fofocam para o mal (como se existisse um aspecto positivo nesse prática), com o intuito de prejudicar as pessoas mesmo. Acontece que, na maioria das vezes, é inevitável. Eu mesmo já começei a falar de alguém e no meio da conversa pensei: "putz, que besteira falando aqui...".

O que nos resta então é o policiamento e o auto-controle. Eu sei que não quero que saiam por aí falando mil e uma coisas de mim, em primeiro lugar por que isso cria mentiras e é desagradável, e em segundo por que não é certo. Por que eu quero fazer pelos outros o que eu acho que os outros fariam por mim (mesmo que não façam), e acho que não tenho nada a ver com a vida das outras pessoas.

Pena que poucos seguem essa regra, e outros ainda fazem questão de fazer o contrário.
E olha que antes de conhecer algumas pessoas eu me achava curioso...
O fato é que tem uns que exageram, e esses sim que dão raiva.
Quantas vezes já causaram problemas...

O que me faz lembrar de uma cena muito boa do filme 'Dúvida', em que o padre faz um discurso sobre fofoca. Aliás, ótimo filme.

No discurso, uma mulher sai pela cidade dizendo coisas sobre outras pessoas que nem tinha certeza, fofocando de um lado e de outro. Depois, vai implorar perdão para o padre. O padre diz que a primeira parte de sua penitência seria pegar um travesseiro de penas e esfaqueá-lo no topo de um prédio e deixar todas as penas voarem ao vento. No outro dia ela voltou a falar com o padre, e ele disse que agora ela deveria juntar todas as penas do travesseiro e costurá-lo em uma única peça.

"Mas é impossível, não sei onde elas estão, o vento as levou para qualquer lugar", ela disse.

"E, isso, é fofoca", respondeu o padre.

Uma vez ditas as palavras, verdades ou não, elas nunca mais podem voltar, e nunca pode-se ter certeza de em quais ouvidos elas foram parar.

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