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Às vezes me pergunto quem inventou as regras da vida, esse modo que vivemos hoje e que já estamos tão acostumados. Um frenético estilo de viver em busca de sucesso profissional, financeiro, amoroso, social e muitos tipos de triunfos. É como se fosse uma grande corrida onde a linha de chegada está lá longe, e só quando você conseguir as coisas que supostamente deve conseguir, será, então, finalmente feliz. WIN!
Não sei, mas parece que muitos de nós já estamos tão habituados a
certos estigmas da sociedade que nem nos questionamos mais em relação a eles ou
pensamos porque funcionam do jeito que funcionam. Aliás, na corrida do mundo,
se você pensar demais sobre questões da vida vai ficar parado no caminho e
logo vão tomar sua vaga, seu emprego, seu amor, suas prioridades.
Normalmente, costumamos pensar que evoluímos para melhor, essa é a
lógica da coisa. No entanto, parece que com o passar dos anos, por mais que nós
humanos tenhamos melhorado nossas casas, nossas ruas e as condições de vida em
geral, parece que perdemos alguma coisa, um quesito importante da nossa
característica de indivíduos únicos e racionais. Nossa humanidade, nosso ato de
pensar e se importar com o mundo, de divagar, de imaginar, de sonhar, de desejar e de idealizar um mundo melhor e diferente, e, o mais importante, fazer algo para
torná-lo realidade. Ficamos passivos, espectadores da vida na terra,
protagonizando essa estória de vez em quando. Generalizando, é claro.
Às vezes parece que as pessoas já estão tão conformadas com o
universo, com as rotinas chatas e as questões relativamente superficiais. Elas ficam, lentamente, infelizes e frustradas, é como se fosse algo contagiante, especialmente quando se fica mais velho ou quando se acha que tudo está perdido.
Ou, no fundo, todos se sintam um pouco assim, possuam uma energia
interior inconsciente capaz de uma verdadeira mudança, porém não demonstram e
não fazem muito por um mundo mais humano, melhor, que dê um pouco mais de valor
para as pessoas. Eu mesmo já me vejo um pouco conformado com certas situações
que sei que sou, ou penso ser, incapaz de mudar, tais como políticos corruptos,
preconceitos diversos, violência simbólica e muitas coisas.
Talvez um de nós
precise levantar, e puxar todos os outros juntos, para fazermos uma revolução
humana, de fato. Não sei… provavelmente, estou divagando demais e isso seja impossível. Só desejo dizer, acima de tudo, que essas regras da vida foram criadas por nós
humanos para facilitar nossa breve existência, porém, muitas vezes, nos
fazem mais ocupados e preocupados com tantos assuntos que simplesmente deixamos
de viver por viver, perdemos um pouco do inocente fascínio pelo mundo.
Um certo filme alemão tem como mote a seguinte frase:
TODO CORAÇÃO POSSUI UMA CÉLULA REVOLUCIONÁRIA
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