quarta-feira, 19 de maio de 2010

Emails Vigiados?

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Esses dias eu parei pra refletir durante a aula, quando a professora comentou alguma coisa sobre emails e tal. Aonde ficam nossos emails afinal?

Certamente eles não ficam pairando no ar, ficam em algum lugar físico, que nós nem temos idéia de onde é. Tudo o que podemos fazer é acessar nossos emails de qualquer lugar, e pronto, lá eles aparecem, como se estivessem naquela máquina o tempo todo. Agora da onde eles vieram ninguém sabe dizer...

O que me faz questionar outras coisas. Esses emails tem que ficar em algum lugar, devem ficar, afinal as caixas de entrada e saída tem vários megas de espaço, algumas até gigas. Então em algum lugar elas ficam que não é o nosso computador. Deve ser então o computador do dono dos emails. A empresa, no caso, que dispõe esse serviço para todos os outros utilizarem.

Mas espere um instante... Se os emails ficam na empresa que guarda os emails isso quer dizer que os donos ou funcionários dessa empresa podem ver nossos emails? Ou seja... de quê adianta por senhas se eles próprios tem acesso as essas senhas e nossos emails?

Deve ter algum código de ética ou sei lá que proiba que esses caras vejam os emails das pessoas que utilizam o serviço deles, mas é curioso pensar que na realidade nada está totalmente seguro! Quem garante que os donos do Google não possam ver os gmails de quem eles quiserem? Se bem que isso não deve ser de muita utilidade pra eles... mas quem sabe?

Sim, eu sei, besteira pensar nisso e até fazer um texto sobre o assunto, mas eu não pude evitar. Às vezes penso nas coisas mais esquisitas possíveis, e isso, de algum jeito, pareceu algo interessante de se pensar, por mais que seja um tanto inútil.
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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Menino da Estação

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Menino da Estação

Eu estou...


Quebrando minhas costas para saber seu nome,
Rastreando seus passos enquanto você dorme,
Fazendo o possível para escutar sua voz,
Querendo demais não ficar mais a sós.

Meu palpitante coração paralisa,
Cessa o batimento em meio a tanta euforia,
Meu raciocínio se confunde quando você se aproxima,
Transbordando em mim uma incoerente alegria.

Mas não consigo nem falar nada,
Embora mil palavras estejam nos meus lábios,
Nada que eu faça te atrai pro meu lado.

E isso eu já sei,
Já conformei, chorei e compliquei.
Você não vai mudar, e eu não posso te obrigar.

Mas não é nenhum pecado admirar,
Seu olhar que tem tanto a ocultar.
Sonhando, fantasiando, esperando...
Por algo que nem eu possa imaginar.
Sem que tenha alguém real pra amar.

E se você me questionar,
Não sei explicar como essa permanente obsessão foi se fixar.
Assim, rápido desse jeito, desajeitando o meu pensar.
Acho que no fim das contas esse é o meu apaixonar.
Criando sentimentos inexistentes
Por alguém que nada sente.

E sempre vejo seu lindo cabelo acastanhado,
Caído sobre ofuscante olho dourado.
Tudo ordenamente alinhado,
Tudo perfeitamente penteado.
Pele sedosa refletindo luz do sol,
Tudo em sua volta deixando-me em prol de um amor maior.

Você andando com seu nobre porte pela rua,
Eu até diria que é a própria imagem de minha idealizada perfeição.
Tanto garbo vagando por aí sem muita convicção,
Esperando alguma coisa despertar a atenção.

Tão sério olhar têm a mostrar,
Com essa bela face fria, fechada e resguardada.
Assisto seu nada rústico rosto,
Esculpido com tanto gosto.
Corpo cuidadosamente moldado,
Deixa-me visivelmente atordoado.

Ah, se você me deixasse te bajular!
Ficaria tão feliz em te agradar.
Procuro acreditar que esse não é um conveniente gostar.
Apenas por que a mim você nunca irá amar,
E eu nada terei que arriscar.

Um claro e breve sorriso,
Um raro olhar mais que amigo,
Aspiro por isso, nem um pouco indeciso.
E nada consigo, com seu constante silêncio nocivo.

E agora e por enquanto,
Tudo que faço é escrever, escrever, escrever.
Para ter algo seu a lembrar quando a noite eu deitar,
E assim me recordar de quem um dia eu pretendia amar.

O menino de todo dia da estação,
Sem eu nada saber sobre seu coração.

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Acho que posso considerar esse post como continuação do post "Romances Juvenis".

Bem, esse é um poema que eu escrevi há muuuito tempo atrás a respeito de um menino que eu era apaixonado, muito apaixonado. No princípio, eu não era amigo dele, nem sequer sabia seu nome, nós só pegávamos o mesmo ônibus no mesmo tubo, estação do Passeio Público. E eu sempre via ele, procurava ficar perto dele, sempre procurando bater meus horários com os dele.

Realmente era um amor bem platônico, visto que eu não sabia nada a respeito do garoto, gostava apenas de ficar "junto", observar, e poder imaginar se algum dia aconteceria algo. Até que um dia encontrei ele num evento de animes que eu costumava frequentar bastante, e vi que ele gostava dessas coisas. Um dia, no ônibus, quando consegui por sorte sentar do lado dele e suava frio de tão nervoso, comentei que tinha visto ele no tal evento e que gostava de animes e mangás também.

E pronto, nós ficamos amigos! Pegávamos o mesmo ônibus todos os dias, sempre nos encontrávamos e voltavámos juntos, cada um de seu cursinho, comentado as aulas e os estudos do vestibular. E assim foi por um bom tempo, até eu perceber, que com ele também, nada ia acontecer. Depois das minhas indiretas e das diretas dele, ficou resolvido dentro de mim que não era com ele que eu ia ter meu primeiro romance. Por mais que isso fosse um pouco dolorido...
E assim os dias passaram... e nossa amizade também.

sábado, 1 de maio de 2010

Dúvidas... ?

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Dúvida.
Dúvidas.
Muitas Dúvidas.

E nenhuma resposta do que é certo ou não, de qual é o caminho certo a tomar, o que fazer, como agir. A única coisa que resta é a imprecisão da incerteza, insegurança de um futuro possivelmente modificável por alguma outra decisão que eu ou você poderia ter tomado, outro caminho para trilhar.

Eu sou uma pessoa de muitas dúvidas. Indecisão é um defeito meu, que infelizmente, ainda não consegui concertar. Sempre penso como poderiam ser as coisas, se fossem diferentes, o que se mostra muito inútil na realidade, já que não trás resultado algum fora horas e horas de divagação. Mas pode ser um bom exercício de reflexão também, imaginando o que os outros fariam, se eles fizessem, e o que você desejaria que eles tivessem feito.

Agora, quanto as dúvidas, como não se pode ter certeza de nada, o mais certo é arriscar. Apostar no que você acha certo, e prosseguir com a decisão tomada, até que ela mostre algum resultado. Pensar no que poderia ter acontecido não vai ajudar. Então temos que nos manter firmes com relação ao que escolhemos, por que afinal, tudo depende da gente.

Assim como eu não tenho certeza até agora se o que eu escolhi no vestibular foi certo ou não, mas por enquanto, continuo fazendo o curso por uma série de motivos, e por enquanto, eu acho que é o certo a ser feito.

Não se pode ter certeza sobre os segredos mantidos, a não ser confiar nas pessoas em que eles foram confiados. Não se pode ter certeza se você está com a pessoa certa, pois sempre vai existir uma opção diferente da que você escolheu, e portanto, você nunca vai saber como ela teria sido. Não podemos ter certeza de nada na realidade, só podemos saber como estamos vivendo agora, e imaginar como as coisas seriam diferentes, se elas fossem. Eu só acho que o problema é quando a incerteza de um futuro diferente deixa você ansioso, e possivelmente mais feliz e animado do que o presente atual, aí provavelmente você tomou alguma decisão infeliz.

Bem, nunca é tarde para mudar. E nunca é tarde para descobrir como poderiam ser esses futuros diferentes, se eles fossem reais.

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