terça-feira, 20 de abril de 2010

( Sombras )

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Como podemos nos enganar tanto com certas pessoas?

Não sei, acontece. Às vezes achamos que alguém é gentil e amigável simplesmente por que é assim. Sendo que nem imaginamos os interesses duvidosos que motivam algumas pessoas, objetivos que só elas conhecem. Talvez seja ingenuidade de alguns, percipicácia de outros, de saber aproveitar a situação a seu favor. Não sei, também. Acontece que temos que ter cuidado, e suspeitar de todo mundo até o momento em que possamos afirmar que conhecemos alguém de verdade, sabermos como a pessoa realmente é. Nunca podermos afirmar conhecer 100% de uma pessoa. O pior é que muitas vezes, a gente mesmo não se conhece direito. Ah, sempre começo a falar de uma coisa e pulo pra outra...

Pessoas são seres maravilhosos, assim como podem ser bem terríveis também. Seres humanos são os seres mais variantes do universo. Podem ser queridos, amorosos, ou fazer intrigas, brigas e se até matar, é impressionante na verdade.

Bem, nesse post na realidade eu ia comentar sobre uma dessas pessoas que você gosta, e que no fim acaba se enganado completamente. Posso dizer que foi a maior desilusão que tive até hoje, perceber uma grande máscara caíndo do rosto de alguém "conhecido", mostrando suas verdadeiras intenções. No fim, eu simplesmente decidi apagar o elemento da minha vida, ele transformou-se apenas em uma sombra. Quando cruzo na rua e meus olhos cruzam com os dele, percebo que não existe nada ali, fora a inquietação e o incômodo que eu ainda costumo sentir, única coisa que ele deixou marcado em mim. Sombras de um passado que eu preferia que não houvesse existido.

Na real, nem vale a pena escrever sobre isso.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Romances Juvenis

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Já faz um tempo sim, anos na realidade, mas decidi compartilhar isso aqui também. Eu sempre fui apaixonado, quase sempre durante a minha adolescência tinha alguém de que eu gostava, e que para meu infortúnio, eu não podia gostar.

Não podia gostar... isso sempre me deixava confuso, até entender o que acontecia comigo. Eu lembro quando começei a gostar de um amigo do colégio, que era um dos meus melhores amigos na época. Lembro de como eu ficava agitado perto dele, e ele nem sequer imaginava o turbilhão de sentimentos e pensamentos que passavam por minha cabeça enquanto estava ao seu lado, quando na realidade, eu não desejava só a amizade dele.

Isso sempre foi um incoveniente, porquê eu queria agradar a pessoa, fazer as coisas que ela gosta, sendo cada vez mais amigável. O que gera uma contradição enorme, afinal, eu não quero ser amigo! Mas também não quero deixar de ser amigo! Queria ser alguma coisa, alguma coisa a mais que sei que não posso ser. Não daquelas pessoas pelo menos, meus amigos de colégio que me falavam diaramente das meninas de que eram apaixonados.

E quando eu, conversando com um amiga minha, descobri que ela gostava do mesmo garoto que eu (!), percebi e começei a entender que realmente meu romance colegial nunca iria dar certo. Mas tudo bem, eu era amigo dele, e passar um tempo com ele naquela época já era suficiente. Mas dormir na casa um do outro, fazer todas essas coisas juntos e tudo mais, confesso que era difícil me controlar ao seu redor... e ele com certeza devia perceber minha constante inquietação.

Quando mudei de colégio parei de ser seu amigo, e acho que assim foi melhor. O que vou postar aqui hoje é diferente disso, em partes. Anos depois, eu me apaixonei por outro menino. Até hoje eu realmente não sei o que aconteceu. Ele não era meu amigo, e eu nunca havia falado com ele, mas ele simplesmente era lindo pra mim. E eu gostei dele assim que vi. Nós pegávamos o mesmo ônibus juntos, e depois outro também, ele descia um ponto antes da minha casa. Eu sempre o via lendo os quadrinhos japoneses de que eu gostava tanto, e já o havia encontrado nos eventos de animes e mangás. Ele gostava das mesmas coisas que eu!

Eu queria ser amigo dele, mas não sabia o que falar. A história ia se repetir certamente, como o meu romance colegial. Eu ia ser um ótimo amigo, até o ponto em que ser só amigo seria doloroso e não mais o suficiente. Mas não conseguia evitar isso também.

Então, sem ao menos conhecer ou falar com ele uma vez sequer, escrevi um poema todo apaixonado. O poema era pra mim mesmo também, de recordação desses dias. Me senti meio estranho ao terminar, as rimas meio amadoras ou bobinhas, mas foi o sentimento que eu tinha na hora e quis escrever. Por mais estranho que fosse escrever um poema apaixonado para alguém que você não sabe nem o nome, eu estava satisfeito. Consegui colocar tudo no papel.

E até hoje eu gosto desse poema, por que me lembra essa fase, mesmo que ela seja um pouco triste. Acontece que depois de eu escrever o poema, eu finalmente resolvi tomar alguma atitude e conversar com ele. Por mais que isso não tenha mudado muito o final dessa outra história, que é uma mesma história que costumava se repetir, posso dizer que dessa vez eu tentei.