sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lei de Causa e Efeito Imediata

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Minha mãe é budista. Na realidade, ela já estudou vários tipos de filosofia e religiões, e agrega o que considera positivo para sua vida em cada uma delas. No fundo, não há diferenças drásticas mesmo. E eu sou assim também. Fiquei mais de um ano praticando o budismo e estudando ele, mas hoje, confesso que acabei me desligando bastante da prática. Não que ela não tenha me ensinado grandes coisas, pois ensinou.

E uma delas foi a Lei da Causa e Efeito.

Essa lei é muito simples, e tem um único preceito. Simplesmente TUDO o que você faz retorna para você, seja bom ou ruim, independente da quantidade. Qualquer ação tem um reação, e dentro desse conceito não existe nenhuma ação que não tenha sua respectiva reação. É simples, é física. Eu realmente acredito nisso, acho muito sensato na verdade, e é um pensamento que nos rege e nos controla.

Às vezes, porém, eu gostaria que essa lei funcionasse com certa rapidez, diria até que desejaria que fosse instantânea. Pode parecer um pouco esquisito dizer isso, ou até mesmo extremista, mas gostaria que as respectivas reações de qualquer ação acontecessem na mesma hora em que as ações ocorrem. Pode parecer algo como "Olho por Olho, Dente por Dente", mas acho que seria muito mais interessante que isso, seria algo que ninguém poderia controlar ou ordenar, uma consequência exata da ação que se realizou sentenciada por alguém onipresente e incontrolável.

Impossível, sim, loucura, com certeza, e algo muito questionável. Mas já imaginou como seria? Cada ação positiva que você realizar iria originar uma mesma ação positiva para você, como moeda de troca. Claro que as pessoas fariam mais coisas boas buscando seus próprios retornos positivos, e não só por serem realmente boas de coração, mas já não fazemos isso? Algumas teorias dizem que nós somos puramente egoístas, e que ao doar dinheiro para um mendigo, por exemplo, não fazemos isso por pena, mas para nos sentirmos menos culpados e mais aliviados com nossas consciências.

Mas não é aí que está o trunfo de ouro dessa possibilidade inexistente. As pessoas simplesmente não fariam mais mal para ninguém. Ninguém! Ninguém quer fazer mal pra alguém e sofrer essas mesmas consequências, tão rápidas e no mesmo momento em que são realizadas.

Ninguém roubaria para não ser roubado, ninguém mataria para não ser morto, ninguém machucaria para não ser machucado, ninguém julgaria os outros para não ser julgado. Seria perfeito, e talvez, sem graça. Não consigo imaginar como seria um mundo assim. Uma ditadura encoberta? Não sei... mas as pessoas certamente tomariam mais cuidado com todas as suas atitudes, pois as mesmas voltariam para si mesmas na mesma velocidade em que são tomadas. E quando sua própria cabeça, segurança, e reputação estão em jogo, todos tendem ser mais cautelosos e sensatos do que antes.

Às vezes é bom divagar....

  

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